Interrompido pelo incêndio do Museu Nacional em 02 de setembro de 2018, este projeto daria continuidade ao estudo da Coleção Regional do Museu Nacional, uma coleção etnográfica que representaria os modos de vida e os tipos humanos característicos das regiões do Brasil. Composta desde o início do século XX a partir da Coleção Sertaneja, a coleção regional esteve em exibição nas salas do Museu até o início do século XXI e encontrava-se depositada na reserva técnica do Setor de Etnologia e Etnografia. Na pesquisa proposta, pretendia-se ampliar o escopo da documentação analisada em pesquisa anterior, Coisas Sagradas, Coisas Cotidianas, ampliando o escopo de materiais textuais e fotográficos trabalhados. O obejtivo era recompor o processo de constituição da coleção, bem como o de montagem e desmontagem de sua exposição, a fim de compreender as transformações sobre as representações de povo brasileiro que a modulavam, e o papel de antropólogos no reforço, ou na crítica, dessas representações. Procurava-se também, em contato com museólogos do MN, pensar nas possibilidades de expor e de incorporar novas peças à coleção original. A pesquisa se inscrevia nas sub-áreas dos estudos de materialidades, coleções e museus; da história da antropologia do Brasil; da compreensão do papel da cultura material na construção de identidades nacionais e da reflexão sobre a utilização de objetos etnológicos na produção antropológica atual.